O comparador – como utilizar
O artigo que se segue é da autoria de GLFaria, um dos membros do fórum Bricolage Total. Neste artigo será abordado o comparador, sendo referidas as características do comparador analógico, bem como a sua utilização e algumas recomendações essenciais.
Características do comparador analógico (o de ponteiros):
O comparador não permite fazer medições directas, só mede deslocamentos – ou seja, diferenças de posição. Aquilo que é medido é o deslocamento sofrido pela ponta de medição entre um ponto e outro da peça a controlar.
Partes do comparador analógico (ver imagem em cima clicando para aumentar)
Escala principal: Cada divisão equivale a um deslocamento de 0,01 mm (1 centésimo de milímetro) da haste (há razões práticas para ser assim). Uma volta completa do ponteiro principal corresponde a 1 mm de deslocamento.
Contador de voltas: Permite fazer leituras quando o deslocamento da haste é superior a 1 mm. Uma volta completa do ponteiro principal corresponde a 1 mm, cada divisão do contador de voltas corresponde a uma volta do ponteiro principal, portanto cada divisão do contador de voltas corresponde a 1 mm.
Uma volta completa do ponteiro do contador de voltas corresponde ao curso máximo da haste do comparador. Num comparador em que a haste tem um curso máximo de 10 mm, o contador de voltas tem 10 divisões. Num comparador com a capacidade de 25mm, o contador de voltas tem 25 divisões, etc. Nas situações mais comuns, uma capacidade de 10 mm é suficiente; pode haver situações em que o curso da haste tenha de ser maior do que isso, mas quanto maior for maior terá de ser o comprimento da haste, e o mostrador do contador de voltas terá de ter um diâmetro maior para se conseguirem ler as divisões.
Escala inversa: O ponteiro principal roda normalmente no sentido dos ponteiros do relógio, quando a parte inferior da haste se desloca para dentro do canhão. Mas pode ser conveniente fazer leituras em que a haste tenha que se deslocar a partir de um ponto mais interior para fora, isto é, de uma posição mais comprimida para outra menos comprimida. Nesses casos, pode ser mais prático utilizar a escala inversa.
Indicadores de limite de tolerância: Muitas vezes interessa mais saber apenas se uma peça está dentro das tolerâncias definidas do que qual é o valor exacto do desvio. Nesses casos, colocam-se os indicadores de limite de tolerância nos pontos extremos que não podem ser ultrapassados, de cada lado do zero. Se nas medidas efectuadas numa dada peça o ponteiro não sair fora da zona definida pelos indicadores dos limites de tolerância, a peça está dentro das tolerâncias exigidas.
O aro, a escala (e portanto o “zero”) e os indicadores de limite da tolerância, podem ser rodados para qualquer posição conveniente.
Haste: Na maior parte das situações o controlo é feito utilizando a parte inferior da haste. A parte superior da haste permite puxá-la para cima de modo a colocar a ponta de contacto cuidadosamente sobre a peça a controlar. Quando não é usada, é protegida por uma tampa.
Ponta de contacto: É constituída por uma esfera de um material duro, frequentemente carboneto de tungsténio, geralmente montada num suporte removível para poder ser substituída se estiver desgastada, ou para montar pontas com esferas de diferentes diâmetros.
Aro e escala: Como o comparador mede deslocamentos – valores relativos – a posição “zero” é relativa. Por isso, não é conveniente que o zero da escala seja fixo (até podia ser, mas dava muito mais trabalho a interpretar os resultados). Por isso o aro (junto com a escala e o respectivo “zero” e os indicadores de limite de tolerância) pode ser rodado por forma a que o “zero” fique na posição mais conveniente.
Parafuso de fixação do aro: Permite fixar o aro – e portanto a escala e o zero – na posição escolhida, garantindo que ele não se desloca inadvertidamente durante a utilização.
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